sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sinopse

É uma apresentação concisa do conteúdo de um livro ou de um texto.Em rebistas cientificas, a sinopse apresenta uma visão geral de um artigo para dar ao leitor um apanhado de seu conteudo. As sinopses de romances apresentam breves informações sobre personagens, enredo, tema, as de outros tipos de livros, informam sobre a área de conhecimento, linha teórica, pontos de enterrogação, etc. Atualmente,nas livrarias virtuais, a sinopse é um dos recursos  utilizados para oferecer ao internauta uma forma de consulta em substituição ao manuseio do livro no momento da compra.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Características do gênero memórias

Memórias

A vida não é a que a gente viveu,e sim a que a gente recorda,e como recorda para contá-la”Gabriel Garcia Márquez –Viver para contar
Para vocês , o que caracteriza um texto de memórias literárias?

Nas memórias literárias , o que é contado não é realidade exata. A realidade dá base ao que está sendo escrito, mas o texto também traz boa dose de inventividade.
Algumas marcas comuns:
-Expressões em primeira pessoa usadas pelo narrador, como “eu me lembro”, “vivi numa época em que”.
-Verbos que remetem ao passado, como “lembrar”, “reviver”.
-Palavras utilizadas na época evocada, como “vitrola”, “flertar”.
-Expressões que ajudam a localizar o leitor na época narrada, como “naquele tempo”.

Etimologicamente, ‘recordar’ vem de re + cordis (coração),significando, literalmente, “trazer de novo ao coração algo que,devido à ação do tempo, tenha ficado esquecido em algum lugar da memória”. Podemos dizer que, em linhas gerais, é exatamente essa a função de um texto do gênero Memórias.
Um texto de memórias objetiva resgatar um passado, a partir das lembranças de pessoas que, de fato, viveram esse passado. Ele representa o resultado de um encontro, no qual as experiências de uma geração anterior são evocadas e repassadas para uma outra, dando assim continuidade ao fio da História, que é de ambas; porque a história de cada indivíduo traz em si a memória do grupo social ao qual pertence.
É esse resgate das lembranças de pessoas mais velhas passadas continuamente às gerações mais novas, por meio de palavras e gestos, que liga os moradores de um lugar. O fato de entender que a história de alguém mais velho é nossa própria história desperta um sentimento de pertencer a determinado lugar e a certa época, e ajuda a aumentar a percepção de um passado que foi realmente vivido e não está morto nem enterrado.
Alguém que almeje escrever um texto de memórias tem uma árdua tarefa pela frente: identificar pessoa(s) que possa(m) realmente contribuir para a elaboração do texto, com suas lembranças; realizar uma entrevista com essa(s) pessoa(s); selecionar e organizar as informações relevantes coletadas e, finalmente, escrever o texto.

Não podemos contudo esquecer que a entrevista é um gênero da modalidade oral da língua, e, se foi gravada,certamente apresentará várias marcas da oralidade.
O escritor de memórias deve estar ciente disso, e seu trabalho será transformar aquele texto oral em texto escrito. Além disso, precisa atentar para algumas características específicas desse gênero, que devem ser atendidas. O escritor, por exemplo, deve assumir a voz da pessoa entrevistada, ou seja, o texto deve ser em primeira pessoa. Não se trata de um simples reconto do que ouviu na entrevista, e sim de uma reinterpretação, que deve resultar em um texto de natureza literária, narrativo em sua maior parte. Ademais, em nenhum momento se pode perder de vista que há um leitor curioso para conhecer o passado, de modo que o texto deve ser escrito com criatividade, de tal maneira que esse leitor se sinta envolvido por ele. Alguns elementos normalmente presentes nos textos de memórias são as comparações entre passado e presente, a presença de palavras e expressões que transportam o leitor para uma certa época do passado (“antigamente”, “naquele tempo”, etc.), referência a objetos, lugares e modos de vida do passado, descrições (se couberem) de lugares ou pessoas e explicação do sentido de certas expressões antigas ou de palavras em desuso.
Enfim, cabe ao escritor das memórias posicionar-se como um pesquisador que busca recuperar a memória coletiva de sua cidade, e, por meio do seu texto, possibilitar que os leitores “tragam para o coração” um passado que, mesmo não tendo sido vivido por eles, foi decisivo para que sejam o que são atualmente.
PLANO DE TRABALHO
-Ler e analisar textos de memórias;
-Usar expressões que marcam o tempo passado;
-Preparar e fazer as entrevistas, caso haja;
-Selecionar as informações coletadas;
-Produzir um texto coletivo de ensaio para a produção final;
-Produzir o texto individual;
-Revisar o texto;
-Selecionar os textos que farão parte da coletânea de memórias;
-Elaborar as ilustrações, a capa e a contracapa do livro.

sábado, 9 de julho de 2011

Memória: Genero


O Memorial se constitui em um exercício de interrogação de nossas experiências passadas para fazer aflorar não só recordações/lembranças, mas também informações que confiram novos sentidos ao nosso presente.
A forma como encaramos certas situações e objetos está impregnada por nossas experiências passadas. Segundo Ecléa Bosi (1979), através da memória, não só o passado emerge, misturando-se com as percepções sobre o presente, como também desloca esse conjunto de impressões construídas pela interação do presente com o passado que passam a ocupar todo o espaço da consciência. O que a autora quer enfatizar é que não existe presente sem passado, ou seja, nossas visões e comportamentos estão marcados pela memória, por eventos e situações vividas. De acordo ainda com essa autora, o passado atua no presente de diversas formas. Uma delas, chamada de memória-hábito, está relacionada com o fato de construirmos e guardarmos esquemas de comportamento dos quais nos valemos muitas vezes na nossa ação cotidiana.
O Memorial é o resultado de uma narrativa da própria experiência retomada a partir dos fatos significativos que nos vêm à lembrança. Fazer um Memorial consiste, então, em um exercício sistemático de escrever a própria história, rever a própria trajetória de vida e aprofundar a reflexão sobre ela. Esse é um exercício de auto-conhecimento.
O Memorial está intimamente relacionada a um exercício de reminiscência, isto é, de “puxar pela memória”. Como a memória é seletiva, filtrada pelo que sentimos e acreditamos, queremos que, no momento de elaboração do Memorial do nosso curso, esta seleção torne-se reflexiva. Ou seja, submetida a um exercício que tem como objetivo trabalhar as experiências que a pessoa considera de maior relevância na sua trajetória, relatando-a de modo reflexivo. Pode-se tomar, por exemplo, a ação pastoral e ir desenvolvendo uma reflexão dessa experiência apontando de que modo isso provocou desdobramentos em outras dimensões de sua vida.
Desse modo, uma primeira observação importante a ser feita refere-se à relevância de se estabelecer a diferença entre a técnica de escrita de um Memorial e uma narrativa histórica.
Uma narrativa histórica tem a preocupação em refazer (contar, narrar) a trajetória de uma pessoa, em um determinado tempo, dos fatos relevantes que vêm à memória do autor. Esta narrativa pode conter diversas passagens da sua trajetória individual no tempo: nascimento, vivência familiar, escola, outros eventos e acontecimentos da vida pessoal mesclados com as dimensões coletivas do bairro, da cidade, do país ou do mundo enfim, de todos os acontecimentos que ocorrem à sua volta. Ou seja, a pessoa descreve esses acontecimentos da forma como eles ocorreram ou como ela os percebeu.
Já o Memorial é um relato que reconstrói a trajetória pessoal, mas que tem uma dimensão reflexiva, pois implica que quem relata se coloca como sujeito que se auto-interroga e deseja compreender-se como o sujeito de sua própria história. Assim, é um esforço de organização e análise do que vivemos. Esta diferença entre vivência e experiência é importante.
A experiência, ao contrário da vivência, é refletida, pensada, e pode-se tornar algo consciente que construirá uma nova identidade, ou seja, um outro jeito de olharmos e pensarmos o mundo. Para ilustrar, seria possível dizer que é como olhar a vida através de um “retrovisor”, dando a chance de enxergar determinadas dimensões de nossa vida e refletir criticamente sobre o significado delas em nossa trajetória, tendo como vantagem o distanciamento temporal.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Gênero: Memória

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Conhecendo o gênero textual Memorial

O QUE É MEMORIAL?

O Memorial se constitui em um exercício de interrogação de nossas experiências passadas para fazer aflorar não só recordações/lembranças, mas também informações que confiram novos sentidos ao nosso presente.
A forma como encaramos certas situações e objetos está impregnada por nossas experiências passadas. Segundo Ecléa Bosi (1979), através da memória, não só o passado emerge, misturando-se com as percepções sobre o presente, como também desloca esse conjunto de impressões construídas pela interação do presente com o passado que passam a ocupar todo o espaço da consciência. O que a autora quer enfatizar é que não existe presente sem passado, ou seja, nossas visões e comportamentos estão marcados pela memória, por eventos e situações vividas. De acordo ainda com essa autora, o passado atua no presente de diversas formas. Uma delas, chamada de memória-hábito, está relacionada com o fato de construirmos e guardarmos esquemas de comportamento dos quais nos valemos muitas vezes na nossa ação cotidiana.
O Memorial é o resultado de uma narrativa da própria experiência retomada a partir dos fatos significativos que nos vêm à lembrança. Fazer um Memorial consiste, então, em um exercício sistemático de escrever a própria história, rever a própria trajetória de vida e aprofundar a reflexão sobre ela. Esse é um exercício de auto-conhecimento.
O Memorial está intimamente relacionada a um exercício de reminiscência, isto é, de “puxar pela memória”. Como a memória é seletiva, filtrada pelo que sentimos e acreditamos, queremos que, no momento de elaboração do Memorial do nosso curso, esta seleção torne-se reflexiva. Ou seja, submetida a um exercício que tem como objetivo trabalhar as experiências que a pessoa considera de maior relevância na sua trajetória, relatando-a de modo reflexivo. Pode-se tomar, por exemplo, a ação pastoral e ir desenvolvendo uma reflexão dessa experiência apontando de que modo isso provocou desdobramentos em outras dimensões de sua vida.
Desse modo, uma primeira observação importante a ser feita refere-se à relevância de se estabelecer a diferença entre a técnica de escrita de um Memorial e uma narrativa histórica.
Uma narrativa histórica tem a preocupação em refazer (contar, narrar) a trajetória de uma pessoa, em um determinado tempo, dos fatos relevantes que vêm à memória do autor. Esta narrativa pode conter diversas passagens da sua trajetória individual no tempo: nascimento, vivência familiar, escola, outros eventos e acontecimentos da vida pessoal mesclados com as dimensões coletivas do bairro, da cidade, do país ou do mundo enfim, de todos os acontecimentos que ocorrem à sua volta. Ou seja, a pessoa descreve esses acontecimentos da forma como eles ocorreram ou como ela os percebeu.
Já o Memorial é um relato que reconstrói a trajetória pessoal, mas que tem uma dimensão reflexiva, pois implica que quem relata se coloca como sujeito que se auto-interroga e deseja compreender-se como o sujeito de sua própria história. Assim, é um esforço de organização e análise do que vivemos. Esta diferença entre vivência e experiência é importante.
A experiência, ao contrário da vivência, é refletida, pensada, e pode-se tornar algo consciente que construirá uma nova identidade, ou seja, um outro jeito de olharmos e pensarmos o mundo. Para ilustrar, seria possível dizer que é como olhar a vida através de um “retrovisor”, dando a chance de enxergar determinadas dimensões de nossa vida e refletir criticamente sobre o significado delas em nossa trajetória, tendo como vantagem o distanciamento temporal.